Ceciliando

Inocentemente,

Acende-se a lamparina:

Que há uma outra noite

Para o que se ilumina

(Cris de Souza)

Quase mito (IV)

Precipitam falos

E ventres errantes:

Frutos de afrodite

E seus amantes

(Cris de Souza)

Vista de quintal

Foto: arquivo impessoal

(a Joelma Bittencourt)

De arco fez-se o verso

De íris fez-se a rima

Diverso fez-se o arco

Íris em versão de menina

(Cris de Souza)

Noite e meia

Quando

A carruagem passa

É que as abóboras

Se ajeitam

(Cris de Souza)

Quase mito (III)

A ressaca

E as correntes

Netuno leva       

Em tridentes

(Cris de Souza)

Quase mito(II)

A boca de baco

É enganosa:

O vício confunde-se

Com a prosa

(Cris de Souza)

A arte de ser são

Essência 

e favo disjunta.

Quem todo 
de néctar 
se unta,

As abelhas 
enlouquecerão.

(Cris de Souza)

*Inspirado em Espelho Mágico de Quintana.

Quase mito

Ao sátiro

E à ninfa

Nunca falta

O que fazer

Com a língua

(Cris de Souza)

Filosofal

Fosse a pedra um poema...

- Poema de jade!-

Morrerias sem saber

O que é preciosidade...

(Cris de Souza)

*Inspirado em A cor do Invisível de Quintana.

Ao haicair do ano

sem algum requinte
o ano novo envelhece
no dia seguinte

(Cris de Souza)